Ontem, 8 de maio de 2025, foi eleito o 267º Papa da História: Robert Francis Prevost, que escolheu para si o nome de Leão XIV. Nascido em território estadunidense (1955, Chicado, Illinois) e cidadão naturalizado peruano, com um sorriso discreto, é o segundo Papa do continente americano, depois do argentino Francisco.
Nas suas palavras antes da bênção “Urbi et Orbi” (para a cidade e para o mundo), o novo Papa saudou a multidão com a primeira saudação de Cristo Ressuscitado: “A paz esteja convosco”.
“Esta é a paz de Cristo Ressuscitado, uma paz desarmada e uma paz desarmante, humilde e perseverante. Ela provém de Deus, Deus que nos ama a todos incondicionalmente”.
Como agostiniano, ele citou as palavras de Santo Agostinho: “Convosco sou cristão, para vós sou bispo”.
“Nesse sentido, podemos todos caminhar juntos para a pátria que Deus nos preparou”.
Uma saudação especial ele fez, em espanhol, para o povo da diocese de Chiclayo, no Peru, onde por anos trabalhou como bispo. Naquela diocese…
“… um povo fiel acompanhou o seu bispo, compartilhou a sua fé e deu tanto, tanto para continuar sendo Igreja fiel de Jesus Cristo”.
Por fim, falou de Nossa Senhora:
“Nossa Mãe Maria quer sempre caminhar conosco, estar perto, ajudar-nos com a sua intercessão e o seu amor”.
E convidou o povo a rezar com ele uma Ave Maria “por esta nova missão, por toda a Igreja, pela paz no mundo”.
Comentário:
1. O primeiro título acadêmico de Prevost foi o de bacharel em Matemática, obtido em 1977, na Universidade Villanova, na Pensilvânia. Aos 27 anos, foi enviado por seus superiores a Roma para estudar Direito Canônico na Pontifícia Universidade de Santo Tomás de Aquino (Angelicum). Sua formação matemática e jurídica são indícios de que ele preza o raciocínio lógico. Podemos esperar do novo Pontífice aquele firmeza de argumentos tão necessária para confirmar seus irmãos na fé.
2. Como membro da Ordem de Santo Agostinho, ele certamente aprendeu com seu patrono a distinção entre o pecador, que deve ser amado, e o pecado, que deve ser detestado. Saberá sem dúvida distinguir entre o amor universal, que se estende até os divorciados em segunda união, e a condenação do adultério por eles cometido.
3. O nome por ele escolhido, Leão XIV, deve-se sem dúvida, à admiração de seu antecessor Leão XIII (1878-1903), o grande papa da encíclica “Rerum Novarum” (1891), sobre a doutrina social da Igreja, e da encíclica “Aeterni Patris” (1868), sobre a restauração da filosofia cristã conforme a doutrina de Santo Tomás de Aquino. Pode-se induzir daí que o novo Papa se ocupará das questões sociais sem descurar o papel da razão iluminada pela fé.
4. O lema por ele escolhido – “In illo uno unum” – (no único [Cristo] somos um), extraído de um comentário de Santo Agostinho ao Salmo 127, parece indicar seu desejo de favorecer a unidade da Igreja sem sacrificar a verdade.
Graças a Deus, temos um Papa! E um papa que, por suas qualidades recebidas de Deus, enche a Igreja de esperança.
Anápolis, 9 de maio de 2025
Pe. Luiz Carlos Lodi da Cruz
Vice-presidente do Pró-Vida de Anápolis.
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