Carta de Cacilda sobre sua filha Marcela

(um maravilhoso testemunho de amor por uma criança anencéfala)

Por ordem do então bispo diocesano de Franca (hoje bispo emérito) Dom Diógenes Silva Matthes, a seguinte carta, escrita por Sra. Cacilda em 30/11/2006, foi lida em todas as paróquias na Santa Missa do domingo seguinte (03/12/2006):

 

Patrocínio Paulista, 30 de novembro de 2006.

marcela1Hoje, minha filha está com 11 dias de vida, embora eu considero que ela começou a viver quando foi concebida dentro de mim.   
Vida esta que é abençoada por Deus.
   
Sabe, meu Deus, ela é muito linda, sorri, mexe muito, até aprendeu a 
dar gritinhos, enfim ela é perfeita, às vezes dá um susto na gente, mas logo passa, e volta a sorrir novamente.   
Ela é uma princesinha, uma rosa que veio enfeitar a minha vida, uma 
jóia de muito valor que o Senhor me confiou para eu cuidar até que venha buscar.   
Sabe, meu Deus, sei que vou sofrer, mas tenho a certeza que o Senhor 
vai me consolar, pois amo muito a minha filha, desde quando ela estava em meu útero.   
Quando ela estava em meu útero, os médicos não davam esperança nenhuma, pois acreditavam que ela não sobreviveria, mas ela está aqui até quando o Senhor quiser.
   
Todas as vezes que eu vinha ao médico, saía triste, mas logo ficava 
feliz novamente por sentir o bebê mexendo e chutando a minha barriga, não sabia o sexo, mas já a amava mesmo assim.   
Ao mesmo tempo, parecia que ela estava me conformando, 
conversando comigo através dos chutes que ela me dava. Como se estivesse me agradecendo por não ter tirado a vida dela.

Cacilda Galante


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