Biografia de Santa Gianna Beretta Molla – Parte III

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Quando Gianna se casou com Pietro em 1955, esperou com ansiedade que Deus lhes desse filhos. Como demorasse a engravidar, Gianna fez novenas durante três meses até obter a suspirada graça. Seu primeiro filho nasceu no ano seguinte ao casamento, em 1956. Chamou-se Pierluigi. Em uma ocasião disse a seu amado esposo: “Como és querido quando tens no braço o teu homenzinho e o fazes sorrir!”

Mesmo casada, Gianna continuou suas funções de médica. Para ela servir a Cristo na pessoa do irmão doente era uma necessidade. Seu consultório em Mesero foi logo transformado num lugar de afeto e amor. Suas palavras confortavam, animavam, cicatrizavam. Era a mulher que passava fazendo o bem. Muitas vezes trabalhava sem nenhuma recompensa material. Conforme o testemunho de uma de suas auxiliares, Gianna atendia, prontamente, mesmo chamadas à noite, até no último mês de gravidez. Se o doente era pobre, Gianna, além da visita gratuita, dava-lhes os remédios ou o dinheiro. Só saía do consultório depois de ter atendido a última consulta. Exortava os doentes a terem uma confiança ilimitada em Deus e na Santíssima Virgem. Uma pessoa contemporânea de Gianna conta como ela, durante um mês inteiro, apesar do frio e do nevoeiro, vinha todas as noites, em uma considerável distância, buscar um litro de leite para uma religiosa doente.

Em 1957 Gianna alegrou-se quando percebeu que novamente estava grávida. Veja o que ela escreveu a seu esposo:

O Senhor abençoou, novamente o nosso amor, dando-nos outro menino. Sinto-me feliz e, com o auxílio da Mãe Celeste e contigo perto, contigo que és tão bom, compreensivo, afetuoso, já não me causam medo os sofrimentos da nova maternidade. Muito obrigada, Pietro, pelas tuas orações. Nossa Senhora ouvir-te-á, de certeza, e teremos assim outro belo menino, como o nosso Pierluigi“.

A gravidez não foi fácil. Seu pés começavam a inchar. Sentia vômitos e fortes dores de cabeça. Deus à luz em 11 de novembro. Era uma menina. Deu-lhe o nome de Maria Zita. Carinhosamente chamavam-na Mariolina.

Em 1959 Gianna já esperava o nascimento de seu terceiro filho. Seu marido, por força da profissão de engenheiro, estava nos Estados Unidos. No dia 24 de maio ela escrevia:

Hoje começou o nono mês e canso-me sozinha, assim tão sozinha… Que pensamento , porém… confio em Nossa Senhora e estou certa que também desta vez Ela me ajudará. São muitas as orações do meu caríssimo e amantíssimo Pietro“.

No dia 15 de junho Gianna teve que ser internada, por uma intoxicação. Tinha dores fortíssimas, contrações espasmódicas, febre, vômitos. Corria risco de perder seu filho, o que a deixava aterrorizada. A crise passou e seu Pietro voltou à Itália. Esperava ver seu filho já recém-nascido. Porém, os nove meses se completaram e Gianna não deu à luz. A criança só foi nascer no dia 15 de julho, com quase um mês de atraso. Era uma menina. Recebeu o nome de Laura.

Diz-nos Pietro Molla, o esposo da bem-aventurada: “Em cada expectativa, quanta oração, quanta confiança na Providência, quanta fortaleza nos sofrimentos! Em cada nascimento, que hino de ação de graças ao Senhor!

PERGUNTAS:

1. Gianna fez novenas até que Deus lhe desse a graça da primeira gravidez. Para você, o primeiro filho foi esperado com ansiedade ou foi temido? Os sinais de gravidez causaram alegria ou lamentação? Você se “conformou” com o filho, como um mal inevitável, ou viu nele um presente do Céu?

2. O primeiro filho de Gianna nasceu com um ano de matrimônio. O segundo, com dois anos. O terceiro, com quase quatro anos de matrimônio. Os sofrimentos da gravidez de Gianna e sua profissão de médica, nada disso fez com que ela pensasse em “evitar filhos”. Cada gravidez não era apenas aceita, mas esperada e festejada. Quando você se casou, tinha o mesmo espírito de doação que Gianna?

3. A Igreja aceita que se espace ou se limite o número de nascimentos desde que haja razões graves. Por exemplo: grave dificuldade financeira do casal, problemas graves de saúde da mãe… Mesmo assim o casal não pode ofender a natureza, usando pílulas anticoncepcionais e outros meios artificiais de contracepção. O ato sexual tem que estar sempre aberto à procriação. O que se pode é evitar relações sexuais nos períodos férteis da mulher (que são muito poucos em relação ao seu ciclo menstrual). Você já usou algum método antinatural para “evitar filhos” (pílula, preservativo…)? Ou já usou o chamado “método natural” sem nenhuma razão séria para não querer ter filhos?

4. A possibilidade de um casal usando o método Billings (ou da ovulação) iniciar uma gravidez é muito pequena, segundo pesquisas da Organização Mundial de Saúde. Mas pode acontecer, sobretudo quando os esposos não aprenderam a reconhecer os dias férteis ou quando não souberam renunciar ao prazer nesses dias. Quando um casal usa o método natural e a mulher engravida, é comum que os outros zombem dizendo que o método “falhou”. Mas o que é esta “falha”? É um filho, uma nova vida, que precisa ser amada. Você já considerou a gravidez um desastre na sua vida? Um mal a ser lamentado?

Anápolis, 18 de agosto de 2001

Pe. Luiz Carlos Lodi da Cruz
Presidente do Pró-Vida de Anapolis

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