(os doze partidos que ameaçam o futuro do país)
A primeira coisa que se deve investigar em um candidato, antes mesmo de sua atuação passada ou de suas promessas, é o partido político a que pertence. Dos 32 partidos registrados no Tribunal Superior Eleitoral, muitos são amorfos. Seus estatutos dizem pouco ou quase nada. Tais partidos não trazem ameaças aos cristãos que a ele se filiam. Há uns pouquíssimos partidos que se propõem explicitamente à defesa da vida humana e da família. E há, por fim, doze partidos perigosíssimos, que constituem um verdadeiro exército organizado contra os valores cristãos. São eles:
1º |
Partido dos Trabalhadores (PT) |
13 |
2º |
Partido Comunista Brasileiro (PCB) |
21 |
3º |
Partido Popular Socialista (PPS), sucessor do PCB |
23 |
4º |
Partido Comunista do Brasil (PCdoB) |
65 |
5º |
Partido da Causa Operária (PCO) |
29 |
6º |
Partido Democrático Trabalhista (PDT) |
12 |
7º |
Partido da Mobilização Nacional (PMN) |
33 |
8º |
Partido Pátria Livre (PPL) |
54 |
9º |
Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) |
50 |
10º |
Partido Socialista Brasileiro (PSB) |
40 |
11º |
Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU) |
16 |
12º |
Partido Verde (PV)[1] |
43 |
Com exceção do PV, todos os partidos acima se declaram socialistas. Ora, como explica São João Paulo II, “o erro fundamental do socialismo é de caráter antropológico. De fato, ele considera cada homem simplesmente como um elemento e uma molécula do organismo social. […] O homem é reduzido a uma série de relações sociais, e desaparece o conceito de pessoa como sujeito autônomo de decisão moral”[2]. O Concílio Vaticano II já havia ensinado que “o homem é a única criatura na terra que Deus quis por si mesma”[3]. O cristianismo vê na criança por nascer alguém que deve ser respeitado como pessoa e amado independentemente de sua “qualidade”, beleza ou utilidade. O socialismo vê na criança algo que está subordinado à vontade da sociedade. Se for proveitosa para a sociedade, que nasça. Se for trazer ônus ao Estado, se trouxer mais custos que benefícios, que seja abortada. Explica-se assim como há uma afinidade estreita entre o socialismo e a causa abortista.
Vejamos agora, brevemente, cada um dos doze partidos fatais:
1º) Partido dos Trabalhadores (PT) – n.º 13
No 3º Congresso do PT, ocorrido entre agosto e setembro de 2007, foi aprovada a resolução “Por um Brasil de mulheres e homens livres e iguais”, que inclui a “defesa da autodeterminação das mulheres, da descriminalização do aborto e regulamentação do atendimento a todos os casos no serviço público”[4]. Todo candidato filiado ao PT é obrigado a acatar essa resolução. O Estatuto do PT põe como requisito para ser candidato pelo Partido “assinar e registrar em Cartório o ‘Compromisso Partidário do Candidato ou Candidata Petista’” (art. 140, c)[5]. Tal assinatura, diz o Estatuto, “indicará que o candidato ou candidata está previamente de acordo com as normas e resoluções do Partido, em relação tanto à campanha como ao exercício do mandato” (art. 140, §1º). Se o político contrariar uma resolução como essa, que apoia o aborto, “será passível de punição, que poderá ir da simples advertência até o desligamento do Partido com renúncia obrigatória ao mandato” (art. 140, §2º). Em 17 de setembro de 2009, dois deputados petistas (Luiz Bassuma e Henrique Afonso) foram punidos pelo Diretório Nacional. O motivo alegado é que eles “infringiram a ética-partidária ao ‘militarem’ contra resolução do 3º Congresso Nacional do PT a respeito da descriminalização do aborto”[6]. Não deve causar espanto que o PT defenda o aborto, já que o artigo 1º de seu Estatuto põe como objetivo do Partido “construir o socialismo democrático”.
2º) Partido Comunista Brasileiro (PCB) – nº. 21
Os militantes do Partido Comunista Brasileiro são obrigados a aceitar “seu Estatuto e Programa”[7]. São seus deveres “cumprir as deliberações partidárias, aplicar a linha política do Partido e difundir os ideais comunistas” (art. 11, a, Estatuto do PCB). O Programa Político do PCB defende como um dos “pontos iniciais de uma alternativa socialista para o Brasil” a “garantia do direito ao aborto”[8].
3º) Partido Popular Socialista (PPS) – nº. 23
É o sucessor do Partido Comunista Brasileiro. O PPS se declara “humanista, socialista e ambientalista” e pretende resgatar “a melhor tradição do pensamento marxista e do humanismo libertário”[9]. A Coordenação de Mulheres do PPS, um órgão previsto no artigo 26 do Estatuto do Partido, repetidas vezes manifestou sua adesão à causa abortista. Uma delas foi a Nota pública sobre o aborto[10], de 18/04/2007, em que se relata três vezes em que o PPS se havia manifestado publicamente em favor da legalização/descriminalização do aborto, por considerá-la uma “questão de saúde pública” e de “direito e autonomia das mulheres”. A Plataforma Política das Mulheres do PPS[11] previa em 2009 a “legalização do aborto”, a “garantia de todas as formas de contracepção e interrupção da gravidez” e a “consolidação pelo SUS do serviço de aborto nos casos previstos em lei [?]”.
4º) Partido Comunista do Brasil (PCdoB) – nº. 65
Nas Resoluções da 2ª Conferência Nacional do PCdoB Sobre a Emancipação da Mulher[12] realizada entre os dias 18 e 20 de maio de 2012 em Brasília, encontra-se o desafio de “desenvolver ações mais ofensivas à garantia do direito ao aborto como questão de saúde pública” (p. 44, n. 76, k). Essas Resoluções foram ratificadas pelo Comitê Central, conforme prevê o Estatuto do PCdoB[13] (art. 24, §2º). Portanto, são “válidas e obrigatórias para todo o Partido”.
5º) Partido da Causa Operária (PCO) – n.º 29
O Programa do Partido da Causa Operária (PCO)[14] defende a “liberdade para a mulher decidir sobre seu corpo com a legalização do aborto e sua realização, em condições dignas, pela rede pública de saúde” (X.11).
Segundo o Estatuto do PCO[15], os filiados têm o dever de “defender em todos os lugares e ocasiões o programa do partido” (art. 7, I). Se o “eleito pelo Partido para cargo executivo ou legislativo” agir contra “as deliberações, o Estatuto ou o Programa do PCO”, será punido com “expulsão” e “cancelamento da filiação” (art. 30, §3º, b). Essa é a sanção que espera o político do PCO que lutar contra o aborto.
6º) Partido Democrático Trabalhista (PDT) – nº. 12
O Partido Democrático Trabalhista tem como objetivo é a “construção de uma sociedade democrática e socialista”[16]. Ele “adota como símbolo a rosa vermelha” (art. 1º, § 2º), símbolo da Internacional Socialista.
O Movimento de Mulheres do PDT no item “Nossas Conquistas” diz: “… temos que continuar lutando para que se efetive a descriminalização do aborto, pois só as mulheres pobres serão banidas por sua prática, já que as com melhores condições podem fazê-lo sem necessidade do aparato estatal. A saúde integral é uma luta de todos nós e o aborto não é uma questão de polícia e sim de saúde pública”[17].
7º) Partido da Mobilização Nacional (PMN) – n.º 33
O Partido da Mobilização Nacional (PMN) […] “orientar-se-á por seu Manifesto, seu Programa e seus Estatutos e demais diretrizes de ação política, social e econômica, de conteúdo nacional, democrático e socialista”[18].
8º) Partido Pátria Livre (PPL) – n.º 54
O Partido Pátria Livre (PPL) “se orienta pelos princípios e pela teoria do socialismo científico”[19], como é chamado o socialismo de Marx e Engels.
9º) Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) – n.º 50
O Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) tem por objetivo a “construção de uma sociedade socialista”[20]. Coerentemente com sua doutrina socialista, ele defende o direito ao aborto. Segundo resolução aprovada no 4º Congresso Nacional do Partido em 29/01/2014 denominada Conjuntura Nacional, “é tarefa do PSOL […] barrar o estatuto do nascituro [criança por nascer] e sua ‘bolsa estupro’, defendendo a autonomia das mulheres sobre seus corpos e os direitos sexuais e reprodutivos”[21]. Qual o valor dessa resolução? Diz o Estatuto do PSOL: “As resoluções do Congresso representam a posição oficial do Partido e são válidas para todos os órgãos e filiados” (art. 36).
10º) Partido Socialista Brasileiro (PSB) – nº. 40
O Partido Socialista Brasileiro (PSB) tem por finalidade a “implantação da democracia e do socialismo no País”[22], com a “gradual e progressiva socialização dos meios de produção”[23] e a “abolição de todos os privilégios de classe” (Manifesto, VIII). Entre as reivindicações imediatas do Partido está a estatização da educação: “Plano nacional de educação que atenda à conveniência de transferir-se gradativamente o exercício desta ao Estado e de suprimir-se, progressivamente, o ensino particular de fins lucrativos”[24] . Note-se que o PSB é muito mais explícito que o PT em expor seus propósitos socialistas. Nem mesmo oculta seu desejo urgente de extinguir as instituições educativas não estatais (incluindo as religiosas), obrigando as crianças a se submeterem à ideologia do Estado.
11º) Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU) – nº. 16
O Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU) “não prioriza as eleições, mas a ação direta como meio de transformar a realidade em que vivemos”. Através da luta e da revolução, defende a instalação de uma “ditadura do proletariado” sobre a burguesia[25].
Seu candidato à Presidente da República, José Maria, promete “atender demandas democráticas históricas das mulheres como a legalização do aborto, e da juventude, como a legalização da maconha e descriminalização das drogas”[26].
12º) Partido Verde (PV) – n.º 43
O candidato filiado ao Partido Verde está comprometido a “respeitar e cumprir seu Programa e Estatuto”[27]. É seu dever “obedecer ao Programa, ao Estatuto e às resoluções do Partido” (art. 11, I, Estatuto do PV).
Ora, este Programa, ao qual ele está obrigado a obedecer, defende:
- o aborto: “legalização da interrupção voluntária da gravidez”[28]
- o homossexualismo: “defender a liberdade sexual, no direito do cidadão dispor do seu próprio corpo e na noção de que qualquer maneira de amor é válida e respeitável” (Programa do PV, 4.1.i).
Anápolis, 4 de setembro de 2014.
Pe. Luiz Carlos Lodi da Cruz
Presidente do Pró-Vida de Anápolis.
[1] O PV não se declara socialista, mas em seu Programa defende o homossexualismo e a legalização do aborto (cf. http://pv.org.br/wp-content/