Sorrisos em vítimas de estupro

(só as que acolhem seus filhos conseguem sorrir de verdade)

JoanaLLVejalegEm 1995, a revista Veja publicou uma entrevistaDurante toda a entrevista, ela não transpirava paz, mas inquietude:

Desde o primeiro segundo eu falei para mim: ‘Isto aqui não vai nascer. Isto não é um filho’.

[…]

‘A mãe não está grávida. Não fale nunca que a mãe está grávida. Grávida eu fiquei de você e do seu irmão, com muito amor. Isto daqui a mãe vai tirar. Essa violência que está dentro de mim a mãe vai eliminar’.

[…]

Pedi minhas férias no trabalho, juntei todo o dinheirinho que eu tinha e decidi tirar aquela sujeira de dentro de mim de qualquer jeito.

Fogo cruzado

Quase dois anos mais tarde, em 14/09/1997, às 22 horas, no programa Fogo Cruzado, transmitido pela TV Bandeirantes, Joana Lima, agora com 43 anos, apareceu ao vivo para prestar seu depoimento, desta vez junto com duas outras vítimas de estupro seguido de gravidez: Gilvanete Diniz, 28 anos, de Brasília e Agnalda Oliveira, 23 anos, de Goiânia. A diferença é que as duas últimas tinham dado à luz. Somente Joana havia feito aborto.

Gilvanete contava sorrindo que dois anos atrás havia engravidado em razão de uma violência. Interrogada por que havia decidido dar à luz, ela respondeu: “Porque a criança, a vida é muito importante. Se uma árvore, um cachorro tem direito à vida, por que não um ser humano, principalmente um inocente?”.

Agnalda, violentada um ano atrás, estava sorrindo. Quando o entrevistador perguntou “você ama seu filho?”, ela respondeu: “Amo. A coisa que eu mais gosto no mundo é meu filho. Ele mora na Bahia com minha mãe. Tenho sentimento de culpa por ter tentado abortar”.

Joana, ao contrário, mostrava-se tensa, nervosa, séria, rangendo os dentes de raiva. Dizia que não estava arrependida: “Ele não era um filho. Era uma coisa dentro de mim, uma bola de neve. Filho se faz com amor, não em cima de um revólver. Eu me sinto aliviada. Eu estou viva”.

Digno de nota é que Gilvanete discordou de Joana em público: “Eu amo meu filho. Não é imundo, nem uma bola de neve, de jeito nenhum. É um ser humano. É uma vida. É uma criança viva, sadia”.

A farsa do aborto legal

Barreto14.09.1997Dez dias depois, em 24/09/1997, reuniu-se no Espaço Cultural da Câmara dos Deputados, em Brasília, um grupo de juristas e médicos para um seminário intitulado “A farsa do aborto legal”. Entre eles estava o Desembargador José Geraldo Barreto Fonseca, do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. Quando lhe foi dada a palavra, ele se referiu àquele programa de televisão:

Lembro-me de um debate a que assisti num programa da TV Bandeirantes, um dos raros debates honestos sobre o aborto. Acho que foi no programa Fogo Cruzado. Foram ouvidas três moças que haviam sido estupradas. As três procuraram fazer o aborto, só uma conseguiu. Uma delas foi a diversos hospitais e, como não havia essa lei ‘regulamentadora’ — entre aspas — obrigando os hospitais a fazer o aborto, sem sequer respeitar a liberdade de consciência do médico, não conseguiu o aborto. Outra também, ao final, desistiu de fazê-lo. Uma delas, infelizmente, fez o aborto. Eu tive pena dela, porque até hoje sofre o trauma de ter sido estuprada. Tinha um rictoEstavam felicíssimas. Houvesse essa lei sido aprovada, nós teríamos três moças infelizes e não uma sóSuicídio após aborto

Elizabeth GaudylegSe quisermos encontrar um rosto radiante de alegria em uma vítima de estupro, não devemos procurá-lo entre as mulheres “aliviadas” por terem abortado. Sorrisos verdadeiros e corações em paz encontramos naquelas que acolheram seus filhos, sem preconceito quanto ao modo como foram concebidos.

É o caso de Elizabeth, costarriquenha, felicíssima ao lado de sua filha Gaudy, fruto da violência. Infelizmente este não foi o caso de Karol, amiga de Elizabeth, estuprada no mesmo dia que ela e grávida também em razão do estupro. Karol optou pelo aborto, mas nunca conseguiu perdoar-se. Invejava imensamente Elizabeth, com sua filhinha no colo. Poucos meses depois, suicidou-seChris Tonietto está de parabéns

A deputada Chris Tonietto (PSL/RJ), após ter protocolado o Projeto de Lei 2893/2019, que revoga o artigo 128 (não punição do aborto) do Código Penal, protocolou ainda em 18 de julho o Projeto de Lei 4150/2019, que dá nova redação ao artigo 2º do Código Civil. Se aprovado o projeto, o artigo 2º do Código Civil passará a vigorar com a seguinte redação: “A personalidade civil do ser humano começa desde a sua concepção”. Isso acabará de vez com a tese, tão difundida nas faculdades de Direito, de que o nascituro é apenas “expectativa de pessoa” e que possui apenas “expectativa de direitos”. De todos os projetos já apresentados nas últimas décadas para defender o nascituro, nenhum deles se iguala em importância às duas propostas acima.

Parabenize a deputada

ChrisTelefone: (61) 3215-5446

E-mail:

dep.christonietto@camara.leg.br

Parabéns, deputada Chris Tonietto, pelo PL 2893/2019 e pelo PL 4150/2019. Conte com nosso apoio e com nossas orações!

 

Anápolis, 5 de agosto de 2019.

Pe. Luiz Carlos Lodi da Cruz

Presidente do Pró-Vida de Anápolis.

 

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