(um testemunho comovente da síndrome pós-aborto)

Em plena época em que o governo federal, contra tudo e contra todos, deseja, a ferro e fogo, instalar no Brasil o aborto livre até nove meses de gestação, recebo, em 20 de dezembro de 2005, por correio eletrônico, uma mensagem comovente de uma jovem. O texto deveria ser lido por todos aqueles que alimentam a ilusão de que o direito ao aborto favoreceria, de algum modo, a gestante. Eis a íntegra da mensagem, publicada com a anuência da autora.


Paz e Bem!
Padre, o que mais quero de Deus é o seu perdão e o perdão dos anjinhos que não vieram ao mundo por minha total culpa. Não há um dia em minha vida que não me lembre do que fiz e daria minha própria vida para voltar atras.
Deus, não há dor maior! É dor de alma, tristeza profunda no íntimo. Quantas mulheres cometem o aborto sem a exata noção do que causa em seu emocional e psicológico.
Eu sou uma delas.
Padre, por 02 vezes pratiquei tal ato horrendo e não consigo me perdoar por isso. Mesmo me confessando e tendo palavras de consolo e compaixão do sacerdote, eu não consigo me perdoar.
Deus em sua infinita misericórdia e amor nos aceita.
Sei que Ele ama o pecador, mas não o pecado.
Já se passaram 05 e 04 anos deste meu erro e todas as vezes que leio sobre o assunto, eu não consigo controlar o tremor que sinto no coração.
É uma ferida aberta.
Hoje tenho muitos traumas. Até de maternidade.
Gostaria muito de casar, mas gostaria de adotar uma criança ou mais de uma. Meu pensamento é que, se os dois primeiros pelo meu egoismo e desespero, não tive a capacidade de amá-los suficientemente ao ponto de ir contra todos e o mundo para tê-los, eu não tenho o direito de agora com minha situação boa querer ter filhos.
Os que se foram tem igual valor dos que poderiam vir a nascer hoje.
É uma punição que dou a mim mesma.
Eu AMO muito crianças Pe Lodi. Eu tenho muito amor no meu coração pelo meu próximo. Por isso me cobro e me culpo tanto pelo ato que fiz no passado.
Na Bíblia, Saulo quando teve o encontro pessoal com Jesus, sentiu dores na alma pelas vidas que tirou na perseguição dos cristãos.
Eu conheço essa dor. As vezes quando durmo, parece que minha alma está em agonia.

Participo de diversos retiros da Igreja Católica, inclusive de retiros de Cura de Traumas.
Hoje, faço parte de um ministério de música católica e faço de tudo para esclarecer as jovens sobre esta terrível decisão.
Pe Lodi, peço a Deus por sua luta e que o Senhor Jesus possa abençoa-lo e dar-lhes força para continuar com este trabalho.
Deus te abençoe sempre!!

Roberta (Rio de Janeiro – RJ)

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