Dez, nove, oito, sete, seis, cinco, quatro, três, dois, um, zero. Menos um.
Nota: “Menos um” não é um número negativo (-1). É o grito dado pelo médico quando termina um aborto. Menos um ser humano na face da terra!
Para júbilo das feministas, para satisfação das entidades internacionais interessadas em “controlar a população”, e sobretudo para exultação do inferno, este dia está cada vez mais próximo. O dia em que qualquer mulher poderá matar seu filho com segurança e higiene, em absoluta conformidade com a lei.
Neste dia as pobres gestantes angustiadas não precisarão mais amar o fruto de suas entranhas, mas terão livre acesso a matadouros especializados, particulares ou do governo, em que a “interrupção da gravidez” ocorrerá de maneira suave… tranqüila… e humana.
Quanto aos cadáveres abortados, não há porque se preocupar. Um excelente serviço de limpeza misturará o sangue das vítimas com outros detritos hospitalares, dando um agradável tom avermelhado ao conjunto.
Não faltarão ainda empresas de cosméticos interessadas em aproveitar o tecido gorduroso dos bebês para a fabricação de sabões finos, com que a alta sociedade poderá banhar-se.
Enfim, a legalização do aborto virá para beneficiar a todos: mães desnaturadas, pais assassinos, médicos inescrupulosos, fabricantes de cosméticos, institutos criados para manter o domínio demográfico sobre o Terceiro Mundo, donos de matadouros humanos e sobretudo as pessoas atormentadas pela consciência. Afinal o aborto legal fará as consciências se adormecerem, pois o que é legal já não é mais crime. Por esta lei o homem, contrariando a razão, a natureza e seu Criador, definirá por si mesmo o que é bem e o que é mal, lembrando a história ocorrida com nossos pais no paraíso…
Anápolis, 28 de maio de 1996.
Pe. Luiz Carlos Lodi da Cruz