Seu nome é Zulaiê Cobra. É deputada federal do PSDB de São Paulo e atende no gabinete 546. Faz parte de um importante grupo no Congresso filiado ao DPI (1) que deseja a todo custo ver as latas de lixo dos hospitais cheias de sangue inocente.
Outros integrantes do mesmo grupo: Eduardo Jorge (PT/SP), Sandra Starling (PT/MG), José Genoíno (PT/SP), Luiz Moreira (PTB/BA) e a conhecida Marta Suplicy (PT/SP). Todos eles têm estreita ligação com o CFÊMEA, entidade dita “feminista” que insiste no direito que a mulher tem (?) de matar seus filhos. Por trás de tudo há milhões de dólares vindos do exterior via organismos da ONU para controle de população. E ainda mais atrás de tudo está o demônio, “homicida desde o princípio” (Jo 8,44), que regozija-se com a matança dos inocentes como no tempo de Herodes.
Pois este grupo já passou por apuros. No ano passado o deputado Severino Cavalcante (PFL/PE) ousou fazer uma Proposta de Emenda Constitucional (a PEC 25A/95) que incluiria no artigo 5º da nossa Constituição a inviolabilidade do direito à vida “desde a sua concepção“. Os abortistas ficaram simplesmente em pânico. Afinal, o acréscimo destas poucas palavras impediria que eles violassem a vida já concebida, mas ainda não nascida. E deste modo como seria saciada a sua sede de sangue?
Além disso, de toda a parte do Brasil choviam cartas de leigos, padres e bispos aos deputados exigindo que votassem pela aprovação da emenda pró-vida. Como sair desta situação embaraçosa?
Com uma astúcia satânica o referido grupo conseguiu manobrar a agenda do Congresso de modo que a PEC 25A fosse votada exatamente no intervalo de dez dias em que os bispos estavam reunidos em Itaici (17 a 26 de abril). O tempo gasto para votar foi tão rápido que talvez merecesse ir para o Guiness Book (o livro dos recordes). No dia 16 de abril a emenda foi votada na Comissão Especial e no dia 23 do mesmo mês já foi a plenário! Tudo feito às pressas, antes que os bispos voltassem e antes que os brasileiros pró-vida pudessem acionar suas forças. O resultado foi desolador para os bebês, mas maravilhoso para o grupo pró-morte: o PEC 25A foi arquivado.
Depois deste alívio, os adeptos do assassinato intra-uterino puderam dedicar-se com maior ardor aos seus projetos abortistas. Entre eles estava o Projeto de Lei 20/91 (o PL 20/91), que pretendia (e ainda pretende) punir com a morte as crianças nascidas de um estupro. E tudo feito nos hospitais públicos com o dinheiro dos cidadãos!
Pois este projeto, já aprovado na Comissão de Seguridade Social e Família, encontrava agora um obstáculo na Comissão de Constituição, Justiça e Redação: o relator, deputado Hélio Bicudo (PT/SP). Como católico o relator rejeitou o projeto e propôs um substitutivo: que a mulher vítima de estupro, ao invés de matar a criança inocente, deixasse-a nascer e, se não quisesse assumi-la, entregasse-a aos cuidados do Estado. Ótima proposta, que protegia a mãe e a criança, mas tinha um defeito imperdoável para os abortistas: não derramava sangue.
Porém agora o Sr. Hélio Bicudo não é mais problema. Ele foi convidado (adivinhem quem deve ter providenciado isto?) para ser o presidente de uma outra Comissão onde tramitam projetos de lei do interesse de seu partido. E a relatoria da Comissão de Constituição, Justiça e Redação? Quem passou a ocupá-la? A protagonista do início do nosso artigo: Zulaiê Cobra! Felicíssima, agora ela só deve estar esperando a hora do bote.
Anápolis, 19 de julho de 1996.
Pe. Luiz Carlos Lodi da Cruz
(1) Departamento de Propaganda do Inferno