Carta escrita por uma jovem mamãe equipista (como se fosse o seu bebê), no dia que completava um ano do resultado positivo de uma gravidez não “planejada”.
Ana Carolina (o lindo bebê) estava então com 4 meses, quando linda e faceira entregou à vovó (também equipista), um ramalhete de flores com esta belíssima e comovente carta.
Querida vovó
Hoje faz um ano que levei um grande susto. Eu era tão pequenina na barriga da mamãe e não entendi o pavor tão grande que ela sentiu ao saber que eu iria nascer. Pensei que eu seria motivo de alegria, mas a mamãe chorava tanto, que fiquei assustada. Aí veio você, vovó, como uma luz do Espírito Santo.
No teu abraço para a mamãe, veio enfim, a tranqüilidade que eu precisava. Meu coração sossegou. Senti o teu calor me envolvendo como se eu estivesse nos teus braços.
Aí pensei: a mamãe é jovem e imatura, não pensou direito na alegria que eu vou trazer para ela. A vovó não, pensou em Deus, na vida, no menino Jesus. Chorou como a mamãe, mas, de alegria.
E a vovó falava e a mamãe não entendia…
E eu continuava ali na barriga da mamãe, torcendo pela vovó.
Foi a primeira vez então, que eu pedi e agradeci a Deus. Pedi que a vovó convencesse a mamãe e desse a ela a tranqüilidade que eu também precisava.
E, agradeci a Deus por eu ter conhecido a vovó num momento tão importante. Ela estava lá, cheia de esperança sacudindo a mamãe e a enchendo de amor, de fé, de Deus…
Pensei comigo. Essa minha vovó é pé quente. Com ela não tem tempo ruim. Acho que ela vai ganhar a parada com a mamãe, que já chorava menos.
Aí então pensei: A vovó é uma grande mulher! E atrás de um grande mulher há sempre um grande homem. Cadê o vovô? Foi então que ele chegou. Se a vovó me trouxe a luz do Espírito Santo, ele veio em minha direção como uma montanha de força e coragem, acabando com todo o problema. Ele era a solução!
O vovô não sacudiu a mamãe como a minha vovó, mas trouxe o coração cheio de alegria e uma palavra carinhosa para a mamãe. Ela acabou chorando de novo. Acho que desta vez de alegria, e ele não veio de mãos vazias. Ele trouxe flores. No vaso haviam várias. Acho que a grande era para a mamãe e as pequeninas para mim.
É isso aí. Nos meus primeiros dias neste mundo eu já conheci vários sentimentos. De angústia, de dor, de sofrimento, mas, tudo passou rapidamente e vieram a alegria, o amor, o perdão e a graça de Deus.
Em todos esses bons momentos nunca vou me esquecer do calor das mãos de minha vovó sobre mim, me abençoando e louvando a Deus pela minha chegada. Parece que a barriga da mamãe não existia, tamanha era a força do amor da vovó sobre mim.
Hoje, depois de conhecer papai, mamãe, mano, padrinho, madrinha, tios, vovó e vovô, peço perdão por não dedicar este dia tão especial a todos. Desculpe-me pessoal. Amo todos vocês, mas este dia é só da minha Vovó!
Ana Carolina
Rosimery (do Clóvis)
Equipe 17A – Criciúma, SC