Certa vez um prefeito, muito popular em sua cidade, recebeu reclamações da alta incidência de óbitos num setor respeitável da sociedade: os ladrões. Diziam estes que não podiam exercer sua profissão com segurança, pois a polícia, que os perseguia, várias vezes atingia-os mortalmente com seus revólveres. A situação era revoltante: profissionais honestos, incapazes de trabalhar com segurança por causa das armas e da perícia dos policiais.

Desejoso de conservar a popularidade, e temeroso de perdê-la entre os ladrões, o prefeito decidiu lançar a campanha “Roube com segurança”. E para que os assaltos fossem de fato seguros, incentivou o uso de coletes a prova de balas. “Não roube sem usar o colete” – diziam propagandas veiculadas pelo jornal, rádio e televisão. O próprio prefeito em pessoa chegou a distribuir gratuitamente coletes aos ladrões mais carentes. E assim a segurança passou a reinar entre os amigos do alheio.

Esta estória, por louca que pareça, é muito similar ao que vem acontecendo nas campanhas contra a AIDS. Nelas não há uma palavra sequer contra o homossexualismo. Afinal as pessoas têm o “direito” de pecar contra a natureza. O cuidado que devem ter é de pecar com segurança. Assim, os atos mais espúrios não devem ser evitados, mas praticados com o uso de “preservativos”, que impedem (?) a passagem do vírus HIV e o contágio da doença. “Homossexuais, continuem se prostituindo, mas não deixem de usar o preservativo! Continuem pecando, mas cuidado com a AIDS!”

E como se distribuem “camisinhas” nas escolas e até entre as crianças, o governo está afirmando tacitamente que nossa sociedade é um prostíbulo, que as relações homossexuais não são aberrações antinaturais e que qualquer criança pode praticá-las (com o cuidado, é claro, de não contrair a AIDS). Estas campanhas de “prevenção” da AIDS são simplesmente hediondas e asquerosas. Seus autores deveriam ser processados por corrupção de crianças e adolescentes.

A tão famigerada “vacina” contra a AIDS, procurada por tantos, já existe há muito tempo: trata-se do sexto mandamento dado por Deus a Moisés: “Não pecar contra a castidade”. A AIDS vai terminar no dia em que os homens e as mulheres aprenderem a respeitar seu corpo, templo do Espírito Santo, e a só usarem do sexo dentro do matrimônio, de modo natural e com abertura à procriação. Fora da lei de Deus não há “sexo seguro” para os que hoje se prostituem. Assim como fora do respeito à propriedade nunca haverá segurança para os que agora são ladrões.

Anápolis, 11 de janeiro de 1996

Pe. Luiz Carlos Lodi da Cruz

Compartilhe

Deixe um comentário