(as siglas e números dos partidos podem confundir o eleitor)

Quem em 2018 votou em Jair Bolsonaro para presidente teclou o número 17, correspondente ao Partido Social Liberal – PSL. Quem procurar hoje por esse partido e por esse número, nada encontrará. O PSL uniu-se ao Democratas (DEM) dando origem a um novo partido “União Brasil” (número 44). Quanto ao atual presidente, ele deve se candidatar à reeleição pelo Partido Liberal – PL (número 22).

O Partido dos Trabalhadores (PT) continua com o número 13, defendendo a legalização do aborto e sua prática pelo SUS, a descriminalização progressiva do consumo de drogas e a constitucionalização das uniões homossexuais como equivalente de família. Seu candidato à presidência deve ser o ex-presidiário Luiz Inácio Lula da Silva.

O partido de Roberto Freire, Partido Popular Socialista (PPS), sucessor do Partido Comunista Brasileiro (PCB), agora tem um nome mais brando – “Cidadania” – conservando o número 23 e a índole comunista.

Surgiu um novo aliado da causa comunista, o partido “Unidade Popular” (número 80) cujo logotipo traz três punhos cerrados e o lema “Pelo Socialismo”.

O partido de Marina Silva – “Rede Sustentabilidade” (número 18) lançou uma federação com o Partido Socialismo e Liberdade – PSOL (número 50) e oficializou o apoio à candidatura petista de Lula[1].

O Partido Republicano da Ordem Social – PROS (número 90) – também decidiu apoiar o retorno de Lula à presidência[2].

No meio dessa sopa de letras e números, o eleitor precisa adotar um critério de exclusão. O primeiro passo é excluir os candidatos filiados a um partido que defenda ideias anticristãs: socialismo, comunismo, aborto, drogas, uniões homossexuais, ideologia de gênero…

É uma questão de coerência para um candidato cristão não se filiar a tais partidos. E tais partidos agem coerentemente quando expulsam de seu meio políticos que, após terem se comprometido com suas ideias partidárias, passam a defender a vida e a família. Entendamos bem.

Se algum grupo se autointitula católico – como as “Católicas pelo Direito de Decidir” – e defende o direito ao aborto, a Igreja Católica pode e deve declarar que tal grupo não pertence à Igreja.

Se um político pró-vida decide candidatar-se pelo PT (ou por qualquer uma das siglas abaixo listadas), o PT deve, por coerência, não aceitar sua candidatura. De fato, um pré-requisito para ser candidato do PT é “assinar e registrar em Cartório o ‘Compromisso Partidário do Candidato ou Candidata Petista’” (art. 140, c) [3], indicando “que o candidato ou candidata está previamente de acordo com as normas e resoluções do Partido, em relação tanto à campanha como ao exercício do mandato”. Dentre as resoluções que o candidato petista se dispõe a acatar encontram-se, por exemplo, as tomadas no 6º Congresso Nacional do PT[4], que incluem: “Descriminalização do aborto e regulamentação de sua prática no serviço público de saúde”; “Descriminalização progressiva do consumo de drogas. Constitucionalização dos direitos de casais homoafetivos como entidade familiar plena”.

Se após tal solene compromisso com a cultura da morte, um petista já eleito resolve converter-se à vida, o primeiro sinal de conversão deve ser sair do partido. Não faz sentido permanecer petista e defender os valores cristãos. Assim como não faz sentido permanecer católico e defender o aborto.

Eis a lista dos partidos em cujos candidatos não podemos votar, porque todos perseguem fins incompatíveis com aquilo que um cristão pode apoiar:

PDT PARTIDO DEMOCRÁTICO TRABALHISTA 12
PT PARTIDO DOS TRABALHADORES 13
PCdoB PARTIDO COMUNISTA DO BRASIL 65
PSB PARTIDO SOCIALISTA BRASILEIRO 40
PMN PARTIDO DA MOBILIZAÇÃO NACIONAL 33
CIDADANIA CIDADANIA 23
PV PARTIDO VERDE 43
PSTU PARTIDO SOCIALISTA DOS TRABALHADORES UNIFICADO 16
PCB PARTIDO COMUNISTA BRASILEIRO 21
10º PCO PARTIDO DA CAUSA OPERÁRIA 29
11º PSOL PARTIDO SOCIALISMO E LIBERDADE 50
12º REDE REDE SUSTENTABILIDADE 18
13º UP UNIDADE POPULAR 80

Ao ouvir falar de um candidato, veja inicialmente se o seu número começa por algum dos pares acima: 12, 13, 65, 40, 33, 23, 43, 16, 21, 29, 50, 18, 80.

Se não começar, ele terá passado no primeiro P (“Partido”). Aí sim, valerá a pena examinar o segundo P (“Passado”) e o terceiro P (“Propostas”).

Dois excelentes pré-candidatos

Enquanto participei em São Paulo do II Congresso da União Brasileira de Juristas Católicos (UBRAJUC), tive a oportunidade de reencontrar velhos amigos, todos eles católicos, pró-vida e tementes a Deus. Dois deles são pré-candidatos.

O primeiro é Rodrigo Pedroso, que pretende candidatar-se a deputado estadual por São Paulo pelo PTB. Conheço-o há mais de vinte anos. Casado, pai de dois filhos, possuidor de uma grande sabedoria jurídica, Rodrigo foi autor de uma PEC (agora imitada pelo Centrão) destinada a dividir o controle de constitucionalidade entre o Supremo Tribunal Federal e o Congresso Nacional[5]. A presença dele na Assembleia Legislativa de São Paulo seria uma bênção para aquele Estado.

O segundo nome é o da deputada federal Chris Tonietto, que pretende se lançar à reeleição pelo PL do Rio de Janeiro. Jovem esposa, mãe do pequeno Davi, Chris demonstrou, durante todo o exercício do mandato, a coerência e a coragem necessárias para a defesa dos valores inegociáveis. Por afirmar (com provas) que alguns expoentes do movimento LGBT defendem a pedofilia, foi condenada pela 24ª vara federal do RJ. O processo segue agora em grau de recurso. É importante reelegê-la.

 

Anápolis, 10 de agosto de 2022.

Pe. Luiz Carlos Lodi da Cruz

Presidente do Pró-Vida de Anápolis

[1] https://www.poder360.com.br/eleicoes/psol-e-rede-lancam-federacao-e-oficializam-apoio-a-lula/

[2] https://valor.globo.com/politica/noticia/2022/08/03/pros-fecha-acordo-com-pt-e-declara-apoio-a-lula-no-1-turno.ghtml

[3] Estatuto do PT: https://pt.org.br/wp-content/uploads/2018/03/estatuto-pt-2012-versao-final-alterada-junho-2017.pdf

[4] https://www.pt.org.br/wp-content/uploads/2017/07/6-congresso-pt.pdf

[5] http://naomatar.blogspot.com/2016/12/uma-proposta-de-emenda-constituicao.html

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