(pequenas lições sobre o emprego da linguagem pró-vida)
Esperando neném
Isabel: Joana, que bom encontrar você! A gente não se via há dois anos, desde o dia do seu casamento. Você já tem filhos?
Joana: Ainda não, mas estou esperando neném.
Isabel (espantada): Não me diga que você está grávida!
Joana: Eu não estou grávida. Estou esperando neném.
Isabel (confusa): Como assim?
Joana: Eu e meu marido estamos ansiosos por uma gravidez. Todos os dias nós pedimos a Deus um neném. Quando eu engravidar, o neném já terá chegado. Por enquanto, estamos esperando neném.
Isabel: Ah, agora eu entendi. Quer saber de uma coisa, Joana? Eu e meu noivo somos virgens, mas também já estamos esperando neném.
Joana: Parabéns, Isabel! Isso significa que, depois do casamento, quando o neném vier, será muito bem recebido.
Isabel: Sem dúvida nenhuma, Joana. Se Deus nos conceder um neném, faremos uma festa!
Ganhando e tendo neném
Visitante: Doutor, gostaria de saber informações sobre minha amiga Letícia. Ela já teve neném?
Médico: Há muito tempo. Faz cerca de nove meses que sua amiga teve neném.
Visitante (confusa): Mas doutor, ouvi dizer que ela ganhou neném ontem neste hospital…
Médico: Ela já ganhou neném há muito tempo, desde quando ficou grávida. Quando o neném dela nasceu, nós é que ganhamos.
Visitante: Certo, doutor. E quando foi que nós ganhamos o neném de minha amiga Letícia?
Médico: Nós o ganhamos ontem, às dezessete horas. É um lindo menino.
Visitante: Diga-me, doutor: se ontem minha amiga não teve neném, nem ganhou neném, que foi que ela fez?
Médico: Sua amiga deu à luz um neném. A criança que só ela tinha, agora nós a temos. A criança que só ela havia ganhado, nós agora também ganhamos.
Visitante: Posso entrar para ver o neném que nós ganhamos e temos?
Médico: Entre, por favor. Mãe e filho estão na enfermaria número quatro.
Um ano de vida
Mara: Camila, que bom que você veio!
Camila: Ora, Mara, eu não poderia recusar um convite seu a uma festa em sua casa.
Mara: Em nome do pequeno Miguel, eu agradeço do fundo do meu coração.
Camila: Mara, não há alguma coisa de errado no seu bilhete de convite?
Mara: O que?
Camila: Você escreveu que Miguel está fazendo hoje um ano de vida!
Mara: É isso mesmo!
Camila: Mas, Mara, ele nasceu há três meses!
Mara: Sim, mas quando Miguel nasceu, ele já tinha nove meses de vida dentro de mim. Nove meses mais três meses fazem um ano. Hoje Miguel completa um ano de vida!
Camila: É mesmo! E eu nem tinha pensado nisso. Parabéns, Miguel, pelo seu terceiro mês de nascido e pelo seu primeiro aniversário de vida.
Tornar-se mãe
Paciente: Doutor, qual foi o resultado do teste de gravidez?
Médico: Positivo.
Paciente (surpresa e alegre): Isso quer dizer que eu vou ser mãe, doutor?
Médico: Não. Isso quer dizer que a senhora já é mãe. Pelos meus cálculos, a senhora já é mãe há dois meses.
Paciente: Que bom, doutor, eu já sou mãe!
Alguns segundos depois:
Paciente (divagando): Doutor, qual será a profissão do meu filho?
Médico: Só Deus sabe, minha senhora.
Paciente: Será que ele vai ser um menino?
Médico (demonstrando estranheza): “Vai ser um menino”? Seu filho não vai ser um menino nem vai ser uma menina. O sexo dele não é futuro; já está presente desde a concepção.
Paciente: Tem razão, doutor. Será que ele é um menino ou é uma menina?
Médico: Por enquanto ainda não sabemos. Vamos esperar mais um mês para fazermos uma ultrassonografia.
Futura mãe
Uma gestante caminha quando uma mulher grita de longe:
Mulher: Parabéns à futura mamãe!
Gestante (olhando para os lados, como quem procura por alguém): Com quem a senhora está falando?
Mulher: Com você mesma, querida, que é uma futura mamãe.
Gestante: Minha senhora, talvez tenha havido um engano, mas eu não sou uma futura mamãe.
Mulher: Como assim? Você não está grávida?
Gestante: Sim. Tenho comigo um bebê de seis meses. Mas eu já sou mãe dele. Não sou uma futura mãe.
Mulher (colocando a mão na testa): Oh, querida mamãe, desculpe-me! Por engano chamei uma mãe de futura mãe. Corrijo-me agora: Parabéns à mamãe!
Gestante: Obrigada. Graças a Deus, já sou uma mãe muito feliz.
Maioridade
Filho: Pai, estou ansioso por chegar o mês de dezembro.
Pai: Por que, filho?
Filho: Porque em dezembro eu vou completar dezoito anos de vida. E assim, vou poder tirar minha carteira de habilitação de motorista.
Pai: Filho, tenho duas coisas a lhe dizer.
Filho: Pode falar, pai. Estou atento.
Pai: A primeira é que você já fez dezoito anos de vida.
Filho: Como assim, pai?
Pai: Em dezembro você vai completar dezoito anos de nascido. Mas nove meses antes, ou seja, em março, você tinha começado a viver.
Filho: Então eu já tenho dezoito anos de vida! Que bom!
Pai: Mas falta dizer uma segunda coisa. Pela lei, a maioridade não se atinge aos dezoito anos de vida, mas aos dezoito anos de nascido. Por isso, você precisa esperar até dezembro para poder tirar sua carteira.
Filho: Ah, sim.
Anápolis, 2 de março de 2015.
Pe. Luiz Carlos Lodi da Cruz
Presidente do Pró-Vida de Anápolis